quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ULTIMAcTO VENCE CONCURSO NACIONAL DE TEATRO

O ULTIMAcTO – Grupo de Teatro de Cem Soldos, ficou em primeiro lugar no Concurso Nacional de Teatro – TEATRÁLIA – promovido pela FUNDAÇÃO INATEL. O evento decorreu na Aula Magna, em Lisboa, no Sábado, dia 8 de Novembro e contou com a participação de 15 grupos de Teatro representantes dos vários distritos do país que concorreram (ou que foram apurados na fase das eliminatórias regionais) a este evento. O ULTIMAcTO, em representação do distrito de Santarém, participou com a peça “A Bengala”, uma adaptação de um texto de Prista Monteiro, e que muito agradou ao Júri composto pelas actrizes Ângela Pinto, Maria Emília Correia e pelo jornalista/escritor Fernando Dacosta. Depois de no ano passado ter conseguido o quarto lugar com a peça “Médico à Força” de Molière, o ULTIMAcTO subiu agora ao palco para receber o primeiro prémio. O Concurso Nacional de Teatro – TEATRÁLIA, consta do projecto ENCONTRÃO 2008, que reúne em simultâneo as finais dos Concursos Nacionais INATEL nas disciplinas de Teatro, Música e Etnografia e que integram os vencedores das eliminatórias regionais realizadas em todos os distritos do continente e nas regiões autónomas. É um dos mais relevantes encontros de cultura popular organizados em Portugal e junta, durante dois dias na Aula Magna, em Lisboa, cerca de mil e trezentos participantes de cinquenta grupos provenientes de todo o país. O ULTIMAcTO, bem como os vencedores dos dois outros concursos (Música e Etnografia), apresentarão os seus trabalhos no Projecto FESTINATEL a realizar no próximo dia 1 de Dezembro de 2008 no Teatro da Trindade em Lisboa.

“A BENGALA”
“Tudo pago... rendas, alugueres, prestações, impostos”. E se chegarmos a velhos sem termos feito tudo o que queríamos? E se chegarmos a velhos sem nunca ter arriscado à troca de um desejo? E se pisarmos o risco demasiadas vezes? E se lá chegarmos sem cumprir o nosso dever?
E se...? E se...?
É assim a vida! Feita de opções que se têm de tomar a todo o momento. Feita de riscos que corremos, uns calculados outros não. Mas, se pensarmos muito... o mais provável é não os correr. E será que os devemos correr? E será que não os devemos correr? Podemos arriscar e darmo-nos bem, ficando com a sensação de vitória (in) esperada. Podemos arriscar e darmo-nos mal, ficando com a sensação de derrota, arrependimento, frustração.
Será que devemos correr riscos?
Será que devemos planear tudo ao pormenor?
Será que devemos agir sempre da mesma maneira?
Será que...?
Será...?
Ou não será?

“A Bengala” é uma adaptação de um texto de Prista Monteiro e retrata a vida de dois irmãos sem posses que, num determinado dia, depois de terem pago todas as suas dívidas do mês e ter restado algum dinheiro, resolvem ir a uma esplanada onde normalmente só vão os ricos. Fazem as suas extravagâncias e, no meio daquilo a que chamaram “uma noite à grande”, começam a questionar a sua atitude. Divididos entre ‘aproveitar o momento’ e ‘evitar quaisquer riscos’ os personagens deixam no ar esta dúvida, ficando a cargo de cada espectador tirar a sua própria ilação. Esta peça tem como protagonistas António Clemente, António Craveiro e Luís Tomás. Já anteriormente premiada como a melhor encenação no Festival de Teatro em Póvoa do Lanhoso, “A Bengala” é um espectáculo que já participou em vários Festivais e Mostras de Teatro por todo o país.

Hélder Prista Monteiro – 1922/1994
Médico português, nascido em 1922, em Lisboa, e falecido a 1 de Novembro de 1994, consagrou a sua carreira literária ao teatro. Normalmente inserida no teatro do absurdo, sob a influência de Ionesco, Pinter, Beckett, a obra de Prista Monteiro releva essencialmente de um implícito apelo à transformação social e das relações humanas, mostrando frequentemente como um simples objecto (uma bengala, um colete de xadrez, uma caixa de esmolas, uma chávena), desejado, ostentado ou perdido, pode ser a pedra-de-toque para pôr em causa o artificial equilíbrio social, lançando as personagens num processo de degradação que culminará numa trágica derrocada.

Luis Tomás - ULTIMAcTO – Grupo de Teatro de Cem Soldos
contacto 934 239 878

ULTIMAcTO - Grupo de Teatro de Cem Soldos
Contacto: 249 345 232 - SPORT CLUB OPERÁRIO DE CEM SOLDOS
Largo de São Pedro 58 A/B
Cem Soldos - Tomar
clubcemsoldos@mail.telepac.pt

Responsável do ULTIMAcTO - António Clemente
Contacto: 966 547 394
tozeclemente@hotmail.com

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